Exército06/11/2014 | 17h45
Família de soldado morto em Santa Maria questiona morte do rapaz
Roger era o filho mais velho de casal de metalúrgicos de Não-Me-Toque
Marilice Daronco
A família de Roger Lazaretti Rodrigues, 18 anos, morto com um tiro de fuzil na manhã desta quinta-feira no Regimento Mallet, em Santa Maria, ainda não tem notícias sobre quando o corpo do rapaz será liberado. A família recebeu a notícia por meio da Junta Militar da cidade de Não-Me-Toque, no norte do Estado, onde moram os pais do jovem, que são metalúrgicos. Roger era o mais velho de três irmãos.
Por volta das 16h40min, uma equipe do Exército de Santa Maria chegou à casa da família para prestar assistência psicológica e religiosa. Um familiar de Roger virá a Santa Maria para fazer a liberação do corpo do rapaz.
Segundo a prefeita da cidade, Teodora B. S. Lütkemeyer (PP), que visitou a família do jovem, assim que for possível fazer as cerimônias fúnebres, o sepultamento de Roger ocorrerá no Cemitério Católico de Não-Me-Toque.
— Recebi a notícia por meio dos pais de outros jovens, todos muito chocados com a situação. A família está inconformada, questionou muito o que aconteceu assim que os militares chegaram à cidade — conta a prefeita.
A última vez que o jovem, que nasceu em Liberato Salzano, no norte do Estado, visitou a família em Não-Me-Toque foi no último dia 13, quando o pai dele fez aniversário.
— Nós ficamos nos perguntando como isso pôde acontecer com toda a segurança que tem o Exército. Não tem como entender como isso aconteceu — lamenta Ivanio Lazaretti, um dos tios de Roger.
O Exército, em entrevista coletiva, afirmou que foi aberto procedimento administrativo para apurar os fatos. Um soldado é suspeito de ter efetuado o disparo, que, segundo o Exército, em princípio, seria acidental.
DIÁRIO DE SANTA MARIA