domingo, 22 de julho de 2012

ELEIÇÕES.


A campanha no palanque virtual

Como os cinco concorrentes à prefeitura de Santa Maria usam ou pretendem utilizar a internet na campanha

De acordo com o Ibope, pelo menos 82 milhões de brasileiros têm acesso à internet. Desses, 45 milhões possuem perfil em uma das maiores redes sociais de relacionamento do mundo, o Facebook. De olho nessa população virtual, os candidatos apostam nas ferramentas para se comunicar com os eleitores. Em Santa Maria, não é diferente. Todos os cinco candidatos a prefeito possuem, por exemplo, perfil pessoal no Facebook, a rede social mais usada neste pleito. Alguns deles têm mais de um perfil pessoal, da candidatura e até fanpage (veja quadro).

Mas as estratégias não param por aí. O investimento na internet está sendo levado a sério pelos organizadores das campanhas. O PSol, de Tiago Aires, deve criar nos próximos dias um perfil da candidatura no Facebook para acentuar o debate com o eleitorado. Para a sigla, a ferramenta seria uma alternativa para expor as ideias do candidato sem custo. Jeferson Cavalheiro, do PSTU, aposta na mesma via. Sua candidatura se apoiará em um perfil específico no Facebook para interagir com os seus eleitores. O partido ainda deve criar um blog.

O PT, de Helen Cabral, vai além. Além de manter um perfil pessoal no Facebook, criou outro específico da candidatura. O Twitter também já é usado pela candidata, que tem conta particular no microblog, que já lançou uma conta específica para divulgar a chapa petista. Para isso, o partido terá, além da candidata, uma pessoa para cuidar unicamente das redes sociais na eleição. O PT também prepara um site para apresentar a candidatura de Helen.

Na mesma linha vai o atual prefeito Cezar Schirmer (PMDB). Além de também estar preparando um site específico para divulgar a sua campanha, o candidato está presente no Facebook (com perfil pessoal e com uma fanpage) e também possui uma conta no Twitter, que foi a rede social mais usada pelos candidatos na campanha de 2008. A candidatura de Schirmer também terá uma pessoa de olho em suas redes sociais.

O deputado Jorge Pozzobom (PSDB) também prepara um site específico da candidatura. Ele já está presente no Facebook, onde possui perfis pessoais, mas que servem também para divulgar suas ações como parlamentar, e no Twitter. A tendência é que o candidato tucano divida a gestão dessas ferramentas com algum especialista no assunto.

Presença obrigatória, mas também de riscos

A professora Liliane Dutra Brignol, do Departamento de Ciências da Comunicação da UFSM, diz que os políticos têm necessidade de estar na internet, já que a política, costumeiramente, vale-se das estratégias da mídia para se comunicar. Mas ela ressalta que há de se ter cuidado, especialmente com as redes sociais.

– Elas devem ser um espaço para o debate de ideias – observa.

Para a professora Daniela Imerasch, do curso de Comunicação Social da Unifra, a presença nas redes sociais tem dois lados. A propaganda é positiva, pois permite ao candidato expor as suas ideias. Por outro lado, abre espaço para que o eleitor faça críticas e crie problemas para o político.

LEANDRO BELLES.