sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012



24/02/2012 | N° 3072

VIOLÊNCIA

Mata em alerta

Moradores estão preocupados devido ao aumento de crimes

Uma população de pouco mais de 5 mil habitantes está convivendo com uma realidade que parece se aproximar com a de cidade grande. Boa parte dos moradores de Mata está assustada com a onda de arrombamentos, assaltos e furtos. Os crimes vêm acontecendo há cerca de um mês e têm mudado o cenário local.

Se, antes, eram comuns os matenses deixarem as portas das casas abertas e os veículos destrancados, agora, a ordem é fechar tudo. Passou a ser comum a colocação de grades em portas e janelas, que antes, eram protegidas apenas por fechaduras.

Conforme a Polícia Civil, o caso que teria desencadeado todo esse clima de medo na população foi uma tentativa de roubo, no último dia 6. Por volta das 21h40min, dois homens teriam entrado em uma residência na Rua São Vicente, no Centro, e rendido pai e filho. Um dos bandidos estaria com revólver.

A dupla estava atrás de um cofre. O filho, de 39 anos, chegou a ser amarrado com pedaços de lençóis da própria família. Porém, as vítimas não foram agredidas. Uma terceira pessoa que estava na casa, e não foi vista pelos bandidos, chamou a Brigada Militar. Ao verem os policiais, os homens fugiram, levando R$ 30 de uma das vítimas. A suspeita é que a dupla seja de outra cidade.

Em fevereiro, ocorreram outros dois furtos a residências e outros dois abigeatos (furto ou roubo de animais). A população, acostumada com a tranquilidade, está assustada.

– Os assaltos não eram comuns. Às vezes, alguém roubava a galinha de outro. Mas agora tem sido diferente – fala um comerciante.

Efetivo – O que também tem causado o sentimento de insegurança é o pouco efetivo policial. Segundo o comandante do 5º Regimento de Polícia Montada (5º RPMon), major Antônio Nei da Silva Junior, Mata conta com oito policiais militares. Desses, cinco estão atuando – um em cada turno –, enquanto um retorna ao posto hoje, um foi deslocado para a Operação Golfinho, e outro está de férias.

– Reconheço que o efetivo é pouco, mas estamos pagando horas extras para que o posto (policial) não feche em um dos turnos. Dependendo da necessidade, podemos deslocar o Pelotão de Operações Especiais. Mas a população tem que se dar conta de que têm de priorizar a sua segurança – explica o comandante.    edição 24/02/2012 | N° 3072/jornal diario de santa maria.