Trânsito faz mais duas vítimas
Militar e agricultor morreram no sábado
O jovem gabrielense, que era militar do Exército, conduzia uma motocicleta pela Rua Maria Adelaide, no bairro Progresso, por volta das 2h15min, quando teria perdido o controle do veículo e batido em um poste de concreto, perto da Escola Municipal João Manoel Salvadé. Segundo ocorrência registrada na Polícia Civil, a Brigada Militar estava retornando do patrulhamento para o quartel quando avistou a motocicleta na Rua das Figueiras.
No momento em que a guarnição se aproximou, o jovem teria saído com a moto em disparada. A viatura teria seguido em direção ao quartel da Brigada e, no trajeto, teria avistado novamente a moto, que estaria atirada no chão, na Rua Maria Adelaide. O jovem estaria caído no local, com o capacete fora da cabeça, inconsciente e com sangramento na boca. Um dos policiais teria virado o rosto do rapaz para evitar que ele se afogasse.
O jovem chegou a ser socorrido pelo Samu e foi levado até Santa Casa de Caridade, mas chegou sem vida ao local. Segundo os socorristas do Samu, Luan estaria usando capacete, mas o equipamento teria rachado com o impacto. Ele sofreu diversas fraturas no rosto e teve uma parada cardiorrespiratória.
Luan estava fazendo a primeira habilitação, e a moto tinha sido comprada recentemente. Ele era soldado da 13ª Companhia de Comunicação Mecanizada de São Gabriel e, segundo seu pai, Alexsandro de Oliveira Alves, 36 anos, seria promovido a cabo em dezembro, mesmo mês em que completaria 20 anos. Luan sonhava em ser militar desde criança. Ele costumava acompanhar o pai no serviço durante os 8 anos em que ele serviu ao Exército. Ontem, o jovem participaria da seleção para a Escola de Sargentos das Armas (EsSA).
Família acredita que houve perseguição
Alves afirma que está juntando provas para entrar com um processo contra a Brigada Militar. Ele vai solicitar à policia que faça a perícia da viatura que, segundo ele, teria perseguido Luan por mais de um quilômetro, contribuindo com o acidente. A Brigada Militar nega a perseguição.
Luan não tinha filhos, morava com os pais e as duas irmãs e tinha uma namorada.
– Ele era a alegria da casa e muito querido na cidade. No sepultamento e também no perfil dele na internet nós vimos a multidão de amigos que ele tinha. O chefe dele disse que não perdeu um soldado, mas um filho – afirmou o pai.
O sepultamento de Luan ocorreu às 18h de sábado no cemitério do municipio.
diário de santa maria.