terça-feira, 10 de janeiro de 2012

MISTÉRIO

Encontrada moto de desaparecida

Mototaxista de 31 anos sumiu na fim da tarde de sexta-feira

Passados mais de três dias, permanecia até a noite de ontem o mistério sobre o que aconteceu com Elizete Vieira da Silveira, 31 anos. A mototaxista desapareceu no final da tarde da última sexta-feira, quando teria saído de Santa Maria para fazer uma corrida até Dilermando de Aguiar. Na madrugada de ontem, a moto e o capacete dela foram localizados às margens da BR-287, a cerca de 100 metros do trevo de acesso a São Vicente do Sul. A polícia investiga o caso.

Por volta da 0h30min de ontem, pessoas avistaram uma motocicleta vermelha e um capacete azul na beira da rodovia, na altura do km 329, e chamaram a Brigada Militar de São Vicente do Sul. Uma equipe volante da Polícia Civil de Santiago, que atende o município em horários fora do expediente, foi ao local. Os objetos foram reconhecidos por colegas da desaparecida e recolhidos por um guincho credenciado ao Departamento de Trânsito (Detran) do Estado. Pela manhã, policiais civil de São Vicente fizeram buscas na área onde a moto foi localizada, mas não encontraram nada.

Ontem à tarde, policiais da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Santa Maria e da Delegacia da Mulher percorreram o mesmo trajeto que Elizete teria feito e seguiram até o local onde a motocicleta e o capacete foram achados. Lá, foram feitas novas buscas. Uma equipe da perícia colheu impressões digitais que serão confrontadas com o banco de dados da polícia. Segundo o titular da 2ª DP de Santa Maria, delegado Carlos Alberto Dias Gonçalves, que coordena a investigação, não há indícios de que tenha havido luta.

Ameaças – Os familiares de Elizete foram ouvidos e a polícia fez um levantamento de como foram os últimos meses da mototaxista. Gonçalves também ouviu um homem que teria feito ameaças à mototaxista. Ela chegou a relatar os fatos em pelo menos quatro ocorrências. Conforme o delegado, o homem confirmou as ameaças, mas negou qualquer envolvimento com o desaparecimento.

A mãe de Elizete, Maria Vieira, confirmou as ameaças:

– Ele mandava mensagens (no celular), cartas e a ameaçava pessoalmente. Dizia que o fim dela estava chegando – contou a mãe.

A mãe disse que a família vive uma agonia, sem ter notícias da mototaxista.

– Ela não trabalhava à noite para evitar a violência, costumava fazer corridas até as 19h, quando ia buscar uma amiga na saída do serviço. Depois, seguia para casa (que fica no mesmo terreno da mãe). Mas ela saiu para trabalhar na sexta e não voltou. Deixou até corridas marcadas – disse a mãe da desaparecida.

Elizete é separada e mãe de três filhos com idades entre 3 e 15 anos. fonte diario de santa maria.