NICO FAGUNDES.
Um programa gravado neste fim de semana, com um público de cerca de 9 mil
pessoas, e que irá ao ar a partir do próximo domingo, marca a despedida do
apresentador Nico Fagundes, 77 anos, que depois de três décadas deixou a
apresentação do Galpão Crioulo para o sobrinho Neto Fagundes. A atração – que
foi gravada em Venâncio Aires – comemora os 30 anos do programa e conta com 38
atrações no palco.
A trajetória do Galpão Crioulo começou em abril de
1982. São 30 anos ininterruptos com o mesmo sucesso. São mais de 1,5 mil edições
no ar, gravadas em estúdio, no campo, no palco ou participações em
eventos.
Entre os momentos mais emocionantes que o público verá no ar –
divididos em três domingos – estão a apresentação de Berenice Azambuja e Gaúcho
da Fronteira, Fátima Gimenez, Juliana Spanevello, Loma e Maria Luiza Benitez
cantando Céu, Sol, Sul Terra e Cor, e Luiz Carlos Borges, Beto Mayer e
Teixeirinha Filho cantando Querência Amada.
Antônio Augusto Fagundes
nasceu em Alegrete em 4 de novembro de 1934 – município que homenagearia com a
composição de Canto Alegretense, um dos hinos da música regionalista gaúcha.
Chegou a Porto Alegre aos 20 anos e rapidamente se enturmou com os fundadores do
Movimento Tradicionalista Gaúcho. Inicialmente atuou como poeta e divulgador da
obra de, entre outros, Aparício Silva Rillo e Jayme Caetano Braun. Ele estava no
comando do programa desde que o Galpão Crioulo foi ao ar pela primeira
vez.
– De lá para cá, quanta gente boa passou pelo Galpão Crioulo. Muitos
já se foram, mas a lembrança deles permanecerá – afirmou o apresentador em dua
coluna do último sábado na Zero Hora.